Aviso muito importante Nunca observes o Sol, à
vista desarmada, com óculos de sol ou com instrumentos ópticos (binóculos,
telescópios, máquinas fotográficas, etc) pois corres o risco de causar lesões
graves e irreversíveis à tua visão. Só com tescópios especiais (como o da imagem ao lado) ou com filtros apropriados e acompanhado de
pessoas especializadas se deve fazer observação Solar. Observar o Sol é
muito perigoso e portanto responsabilidade de cada um! A maneira mais segura de observar o Sol é através de filtros.
Existem
vários tipos de filtros, dos mais baratos e fáceis de adquirir, aos mais caros.
Na categoria dos baratos, há folhas de polímeros de alta densidade.
À primeira vista, podem confundi-los com folhas de papel de alumínio, mas são bem diferentes porque bloqueiam a luz visível e os infravermelhos. O problema destes filtros é que são muito frágeis e degradam-se rapidamente, por isso deve evitar-se usá-los durante muito tempo. Pode conseguir-se um efeito semelhante com alguns tipos de vidros de soldar. No entanto, para ser observar o Sol em segurança, estes têm de ser pelo menos nº 14, e não devem ser usados em instrumentos que foquem a luz, como os telescópios.
Apesar dos filtros baratos também poderem ser adaptados para telescópios, normalmente os filtros para telescópios são mais parecidos com espelhos.
Como qualquer outro espelho, estes reflectem a maior parte da luz que incide neles, mas há sempre uma pequena porção de luz que passa para através do espelho. Mas quando estamos a observar o Sol, é exactamente essa pequena quantidade que passa que é segura de observar. (Tomem atenção que espelhos normais não são especialmente construídos para observação solar, por isso não devem usar o espelho da casa de banho para observar o Sol.) Com estes filtros, o único tipo de actividade solar observável são as manchas solares.
Há um terceiro tipo de filtros, que observam frequências específicas como é o caso do nosso telescópio. Ao contrário dos filtros anteriores, que bloqueiam a luz solar por quantidade, estes filtros (por exemplo os filtros H-Alfa), bloqueiam o Sol por frequência.
Para
perceberem melhor como funcionam estes filtros, pensem no arco-íris. Os arco-íris aparecem quando a luz branca do Sol é refractada pelas gotas de água da chuva, dividindo-a em todas as cores (do arco-íris, claro). O mesmo acontece quando se incide a luz do Sol num prisma. Agora imaginem que conseguiam bloquear todas as cores do arco-íris, excepto uma pequena risca numa cor muito específica do espectro. Por exemplo, se for um filtro H-alfa, a fenda situa-se na zona vermelha do espectro e permite ver dois tipos específicos de actividade solar – Granulação e Proeminências.
O LUNT80 é um telescópio refractor com uma abertura
de 80 mm e uma distância focal de 560 mm (F/7). Ao contrário dos filtros Mylar, Thousand Oaks ou Baader que permitem observar em total segurança o Sol em luz visível (380 a 780 nanómetros) a utilização de um telescópio H-Alfa permite observar muito mais do que as manchas solares. O filtro de risca incorporado tem uma banda passante inferior a 1 Angstrom torna possível a observação de numerosas estruturas invisíveis com os filtros frontais mencionados anteriormente. O que podemos observar? EFR - Emerging Flux Region - Área de elevada intensidade magnética que surge como uma região oval brilhante em H-alfa. ER’s - Regiões Efémeras- Pequenas áreas com uma elevada intensidade magnética e com uma duração de 1 dia não contendo qualquer mancha solar. Surgem sobretudo em latitudes intermédias e baixas do sol. Têm a aparência de regiões mais brilhantes na rede crosmosférica. Espículas - Pequenos jactos de gás visíveis junto ao limbo solar (dimensões não superiores a 10000km). Faculae - Regiões mais brilhantes na Fotoesfera solar (invisíveis em H-Alfa) usualmente observadas próximo do limbo solar (devido ao obscurecimento que este provoca). As Faculae surgem sobretudo em regiões activas do sol ou onde estas irão surgir e podem ter um período de duração superior às manchas solares. Fibrilas - Pequenas estruturas escuras em forma de filamento que tendem a formar-se ao longo das linhas magnéticas associadas às Filamentos - Proeminências ou Protuberâncias visíveis de topo na superfície solar com uma forma longa, escura e estreita.manchas solares. Flare - Região extremamente brilhante que pode durar alguns minutos a várias horas. As Flares são manifestações de libertação de energia na cromosfera devidas a um stress dos campos magnéticos que resulta habitualmente na emissão de um grande número de partículas carregadas para o exterior do sol (Coronal Mass Ejection). FTA, Field Transition Arches - Fibrilas em forma de filamento que atravessam uma região magnética bipolar. Granulação - Pequenas estruturas celulares convectivas visíveis em luz branca (1100 km). Mancha solar - Regiões photosféricas escuras com um período de vida prolongado (2500 a 5000 km). Usualmente são constituídos por uma região interna mais escura (umbra) e uma região periférica com numerosas fibrilas (penumbra). As manchas solares estão associadas a campos magnéticos intensos e são cerca de 2500 ºK mais frias que as regiões circundantes da fotosfera. Plague - Regiões brilhantes visíveis no disco solar em H-alfa. Observam-se quase sempre próximo de regiões activas e podem ter uma duração de vários dias. Forma irregular e variável em brilho. Poros - Pequenos spots escuros com um período de vida muito curto (horas). Proeminências ou Protuberâncias - Emissões visíveis em H-alfa que se assemelham a labaredas e que se projectam muito para além da superfície solar. Podem ser considerados dois tipos principais de proeminências: Activas e Quiescentes. Rede cromosférica - Rede contínua composta por uma série de longas e sinuosas cadeias de pequenos pontos brilhantes e com fraco contraste estendendo-se por grande parte da superfície solar. Spray - Proeminência transiente formada pela explosão de uma pré-flare que é responsável pela ejecção de material em diversas direcções. Fontes: http://www.astrosurf.com/re/coronado_pst.pdf
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